18 de maio de 2003

POESIA CONTRA A BARBÁRIE
Ouvi num congresso em que estive presente que Natália Correia, de alguma forma, se terá deixado morrer. Por não querer viver os tempos que aí vinham. Adivinhava uma época de pobreza espiritual, moral e cultural que não lhe apetecia viver. Ainda fez algumas tentativas de combater este estado de coisas como quando se deu ao trabalho de dedicar a Marcelo R. de Sousa, então candidato à cãmara de Lisboa, vários poemas. Não os tenho aqui comigo, mas podem encontrá-los na sua Poesia (in)Completa. Vale a pena ver o que uma mulher de talento e coragem foi capaz de fazer. Uma mulher como não temos nenhuma, agora. Nem uma voz se levanta satírica e certeira contra este portugalzinho em boxers. Da Zara, ainda por cima.
Bom, cada povo tem aquilo que merece.

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